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REGINE LIMAVERDE
( Brasil – Ceará )
Regine Limaverde (Fortaleza, 14 de março de 1947), é uma bióloga, professora, poetisa e contista brasileira, tendo publicado até agora 18 livros.
Regine Helena Silva dos Fernandes Vieira nasceu no dia Nacional da Poesia. É formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Ceará, com mestrado em Tecnologia de Alimentos (1985) e doutoramento em Microbiologia pela Universidade de São Paulo (1986).Professora universitária titular no curso de Engenharia de Pesca da UFC, pesquisadora do Laboratório de Ciências do Mar (da Universidade Federal do Ceará). Membro da Associação dos Escritores Profissionais do Estado do Ceará. Pertence à Academia Cearense de Letras, à Academia Cearense da Língua Portuguesa, e à Academia de Letras e Artes do Nordeste.
Obras:Rio em Cheia, (1980); Ressurgências, (1982);Estrela de Vidro, (1984), Prêmio Estado do Ceará; Mar de Sargaços, (1985); Poemas Quaternários, (1990); As Leves e Duras Quedas do Amor, (1992);Caleidoscópio, (1995); O Limo e a Várzea, (1998); Eternas Lanternas do Tempo, (2012); Canção do Amor Inesperado, (2014); Dentro de Mim, o Mar, (2017).
Prêmio Estado do Ceará em poesia (1983), Prêmio Osmundo Pontes (1997), Prêmio Gente de Bem Fica para Sempre (destaque poesia) em 2000.
REVISTA DA ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS. FORTRI NIHIL DIFFICILE Divisa de Beasconsfield. Ano CXVII – N. 73, 2012. Fortaleza, Ceará: edições Demócrito Rocha, 2012. 344 p.
Ex. bibl. de Antonio Miranda
Procura-se
Quem protegerá o morta da chuva
quem levará sua sepultura?
Quem lavará o rosto do menino
surrado pelo pai.
Que segurará o buquê da noiva
abandonado no altar?
Quem consolará a mãe que perdeu
o filho para as drogas?
Quem beijará a mão da amante
que cata seu homem nos bares?
Quem dirá versos ao poeta
que já não escreve poesias?
Quem socorrerá o faminto
que busca comida no lixo?
Quem enxugará as lágrimas
dos olhos das viúvas recentes?
Quem? Quem?
ANUÁRIO DA POESIA BRASILEIRA 1995. Organizador : Laís Costa Velho. Rio de Janeiro: CODPOE – Cooperativa de Poetas e Escritores, 1995. 116 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
MAR
Não sei de quais minas
surgiste.
Não sei dos teus ouros
mas posso pressentir.
não sei das tuas pedras
mas do brilho delas —
esse, posso captar.
Não sei dos teus rios
nem das tuas montanhas.
Mas sei que nessas minas
me aprofundarei.
Nesses teus ouros
me misturarei.
Nesses teus rio
navegarei,
e tuas montanhas
escalarei.
De quais minas
surgiste
descobrirei.
Dos teus ouros
enriquecerei.
Nas tuas pedras
me ofuscarei.
Os teus rios
cruzarei
e nas tuas montanhas
vencerei.
Porque mais profundos
que as grotas das minas
hei de penetrar,
e meu olhar
mais que ouro do solo
brilhará.
Nos teus rios
a lembrança ficará
de uma concha perdida
com sabor de mar.
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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/ceara/ceara.html
Página publicada em agosto de 2023
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Página publicada em janeiro de 2023
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